Neste texto em que público sobre a convivência entre razão e emoção dentro da sala de aula. Leia atentamente e não deixe de comentar sobre o assunto.

O psiquiatra americano Dr. Bruce Perry, em conjunto com o neurologista Ronnie Pollard, em pesquisa apresentada em 1997 sob o título de   “Altered brain development following global neglectin early childhood”, que em português pode ser traduzido como “Desenvolvimento cerebral alterado subsequente à negligência global na primeira infância”(disponível Aqui!), estudaram o desenvolvimento cerebral de 122 crianças negligenciadas por suas famílias e/ou sociedade, recrutadas através do Serviço de Proteção à Criança e de outras agências de acompanhamento de crianças abusadas e negligenciadas dos Estados Unidos e concluíram que há diferenças significativas na estrutura cerebral dessas crianças. As classificadas no grupo das fortemente negligenciadas, apresentaram as maiores diferenças e o impacto negativo da negligencia no cérebro em desenvolvimento ficou mais evidente.

Esta pesquisa faz um importante alerta a respeito do cuidado adequado que devemos ter com nossas crianças, tratando-as sempre com muita atenção, carinho, respeito e estímulos apropriados, para que possam desenvolver plenamente suas funções cerebrais.

As emoções à flor da pele

Em texto publicado sobre o que são funções executivas e como podem melhorar o desempenho das aulas, escrevi sobre o tempo necessário para que o córtex pré-frontal esteja plenamente formado, que ocorre por volta dos 25 anos de idade. Até lá, as questões enfrentadas pelas crianças e adolescentes são resolvidas e entendidas com maior ênfase pelo seu sistema emocional, o que pode ocasionar facilmente comportamentos impulsivos, dificuldades de concentração e até, em alguns casos, aumento da agressividade. Tratar a criança de forma negligente nessa fase pode piorar este quadro e resultar em futuros adultos comprometidos cognitivamente.

Estímulos corretos são fundamentais para que a criança tenha a possibilidade de ampliar o seu entendimento de mundo e possa desenvolver plenamente a sua capacidade mental, de modo que tenha tempo e discernimento para uma reorganização neural, com foco na formação de sua identidade.

Estímulos escolares para melhorar o desempenho das aulas

Algumas das atividades escolares diárias podem contribuir positivamente para o desenvolvimento das funções emocionais e do córtex pré-frontal do educando. Um exemplo simples é o auxílio do professor na organização da mochila escolar do aluno. Isso pode ser feito com exercícios onde o educando consiga perceber quais materiais são realmente necessários ao dia de aula, qual a ordem de prioridade ao serem guardados e usados e qual a função de cada item. Ao organizar a mochila, além de otimizar seu tempo e recursos educacionais, o aluno estará desenvolvendo a função executiva complexa de planejamento, importante para todo o seu processo de aprendizagem e diretamente relacionada ao desenvolvimento das funções executivas básicas, que auxiliam o pleno desenvolvimento do córtex pré-frontal.

Outras funções executivas não menos importantes devem ser estimuladas pelos professores, mas sempre compreendendo a fase de desenvolvimento cognitivo da criança e escolhendo com domínio de conhecimento, atenção e carinho os estímulos corretos.

Para saber mais sobre Funções Executivas acesse: >>Clicando aqui!<<

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